domingo, 2 de junio de 2013

... O ASPIRADOR ...

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  Os aspiradores são uma invenção recente por duas razões: a primeira, os materiais e a tecnologia necessários para construir algo assim são relativamente avançados … a segunda, parte da motivação para desenvolver um aparelho que aspirasse o pó e a sujidade, e se deveu aos avances médicos do século XIX e ao nascimento da bacteriologia.

  Durante séculos, as pessoas empregaram vassouras e escovas para limpar a sujidade do chão e plumeiros para tirar o pó dos moveis, livros e demais objectos das casas.

 

 

 

 

  Os sistemas de limpeza que se empregavam levavam muito tempo, requeriam um esforço físico considerável e eram muito pouco eficazes … ainda que parte do pó fique no pulmeiro, em grande parte simplesmente se sacode o ar do quarto.

  As carpetes eram um problema maior … era quase impossível tirar a sujidade varrendo-las, de modo que levam-nas à rua ou ao campo e se sacudiam … isto ainda se continua a fazer assim nalguns sítios.

  Nas cidades isto significava que os viajantes eram “regados” com a porcaria dos seus vizinhos, algo parecido com o que passava até ao desenvolvimento dos esgotos, quando a gente esvaziava os seus urinais pela janela.

 

 

 

 

  Não foi até ao século XIX que começamos a estudar seriamente um aparelho que no movesse a sujidade de um sitio para o outro, mas sim que a aspirasse.

  Uma das razões foi a crescente preocupação pelos germes que produziam infecções e que muita gente suspeitava que se acumulavam no pó.

  O primeiro a patentear uma invenção a que poderíamos chamar de aspirador foi o estaunidense Daniel Hess, em 1860.

  O aparelho de Hess era chamado pelo seu inventor como “varredor de carpetes”.

 

 

 

 

  Este “varredor de carpetes” era um avanço sobre outros aos existentes na época … tratava-se de aparelhos com escovas rotatórias, que se faziam girar empurrando-lhes para o chão através de um jogo de engrenagens.

  O que fazia especial o desenho de Hess é que o seu varredor utilizava o movimento das rodas para fazer subir e baixar um fole. Este fole aspirava o ar e fazia-o passar por um dos depósitos de água onde ficavam retidos o pó e a sujidade.

  Não há noticias de que Hess chegasse a construir mais que o protótipo da sua máquina construída inteiramente de pele, madeira e algumas peças de metal, e, muito possivelmente o seu fole não produziria a sucção suficiente como para funcionar eficazmente.

  Havia que esperar oito anos para o primeiro aspirador construído, o Whirlwind (turvorinho), de Ives McGafeey.

  Constava de uma hélice parecida à de uma ventoinha, accionada por uma manivela no cabo … teoricamente, as partículas do chão eram chupadas através da boca do aparelho e acabavam num saco. Tratava-se de algo construído com os materiais da época.

  Venderam-se em Chicago ( donde era McGaffey) e Boston entre 1869 e 1871 pelo elevadíssimo preço, para esses tempos, de 25 dólares.

 

 

 

 

  Quase todos os torvelinhos de McGaffey perderam-se no grande incendio de Chicago em 1871.

  No entanto ainda se conservam dois … um deles no Hoover Historical Center, da empresa Hoover, e outro em mãos de um coleccionador privado.

  O problema com um aspirador operado manualmente é que é muito difícil conseguir a potencia suficiente para aspirar de verdade.

  Basicamente havia duas opções: um motor de combustão interna ou um motor eléctrico … nenhum dos dois era, precisamente pequeno nos finais do século XIX.

 

 

 

 

  Nas sua viagens de comboio, Hubert Cecil Booth, observara um dispositivo para limpar os assentos que soprava uma rajada de ar para remover o pó e as migalhas.

  Booth pensou que seria muito mais fácil aspirar o ar do que sopra-lo, pegou num lenço lo colocou sobre a boca aspirando sobre uma cadeira. Efectivamente a sujidade ficava no lenço.

 

 

 

 

  Chegamos assim ao primeiro aspirador realmente útil da historia, o Puffing Billy de Booth.

  Este era um autentico mastodonte, o seu motor a gasolina de 5 cavalos de potencia ia montado numa carreta puxada por um cavalo.

  Do aspirador saia um tubo de uns 30 metros de comprido que se levava ao interior das casas para limpa-las.

  Booth teve alguns problemas porque a sua máquina porque a sua máquina era tão ruidosa que assustava os cavalos que passavam pela rua.

  Desde logo, nada comprava a máquina de Booth, contratavam-se os seus serviços.

  Os operários do Puffinf Billy levavam a carreta até à porta da casa e logo passavam o aspirador utilizando o comprido tubo.

  Incluso a Reina Vitoria fazia uso dos seus serviços para limpar os seus tapetes e carpetes, dando ainda mais prestigio ao invento de Booth.

 

 

 

 

  O verdadeiro salto para a fama se deu por terminar, aparentemente, com uma epidemia nos quartéis da Marinha Bristânica.

   Quando a máquina de Booth aspirou carros e carros de porcaria a epidemia acabou.

   Resolver essa crise fez de Booth um herói e de Puffing Billy um símbolo de estratos e um exemplo da higiene moderna.

  A empresa de Booth continua funcionando hoje em dia como parte de outra mais grande.

  Outros, como o estadounidense David Kenney, copiaram o sistema de Booth mas instalando-o directamente no sótão das casas … um conjunto de tubos ia desde a bomba aspiradora a cada divisão da casa onde se encontrava uma saída na parede.

  Em alguns países continua-se a utilizar este sistema de maneira habitual em muitas casas, como em Estados Unidos.

 

 

 

 

  O primeiro aspirador eléctrico a ser comercializado na Europa foi a Nilfisk, em 1910, dos dinamarqueses Filker e Nielsen.

  A Nilfisk pesava somente uns 18 quilos.

  A empresa de Filker e Nielsen ainda hoje se chama Nilfisk-Advance.

 

 

 

 

  A maior empresa de aspiradores que existiu, e em grande parte responsável de popularizar esse electrodoméstico, até limites insuspeitado depois da Segunda Guerra Mundial, deveu-se à convergência de dois grandes talentos … o talento técnico de James M. Spangler e o talento comercial de William H. Hoover.

  Spangler era alcaide em Ohio. Era alérgico ao pó, o que convertia o seu trabalho em algo, frequentemente, desagradável.

  Construiu um prototipo em 1907, com madeira procedente da caixas de mudanças, o motor de uma ventoinha, o cabo de uma vassoura e uma coberta de almofada.

  O pó ficava preso na coberta da almofada quando a ventoinha fazia passar o ar através dela. Spangler patenteou o seu aspirador em 1908.

  Teve tanto êxito como o seu prototipo que começou a construir aspiradores de mo e a vende-los ao domicilio batendo às portas das casas.

 

 

 

 

  William H.Hoover era um empresário em declive. A sua empresa, a Hoover Harness and Leather Goods (Objectos de Couro e arneses Hoover) conseguia a maior parte da sua viabilidade fabricando e vendendo cadeiras de montar, botas de montar e outros artigos relacionados com cavalos.

  Hoover compreendeu rapidamente que devia procurar outros artigos para vender.

  A senhora Hoover foi uma das afortunadas que recebeu e utilizou o primitivo aspirador eléctrico de Spangler.

  Isso era precisamente o que o seu marido procurava.

  Hoover comprou a Spangler a patente do seu aspirador, fé-lo seu sócio na empresa e, juntos dedicaram-se a fabricar o modelo O, (nome que lhe deram) em série.

  Vendia-se por uns 60 dólares.

  A empresa Hoover e Spangler chamou-se The Electric Suction Sweeper Company … mais tarde passou a chamar-se simplesmente … Hoover.

  Ao longo dos anos os materiais empregados variaram, passando da madeira e do metal ao plástico e os preços foram baixando até que, a meio dos anos 50, nos Estados Unidos e na Grã Bretanha, quase todas as casas tinham um aspirador, e em sua maioria eram Hoover.

 

 

 

 

  Basicamente a ideia era utilizar um ventilador de certa potencia para expulsar o ar do interior da câmara do aspirador, criando assim um vazio parcial.

  O ar que sai expulsado pelo ventilador costuma estar a uma temperatura razoavelmente elevada, porque o calor dissipado no motor eléctrico é bastante grande.

  Normalmente este ar sai por uma grelha na parte de trás do aspirador.

  O ar do exterior, a pressão atmosférica, entra pelo tubo do aspirador apara substituir o que saiu levando consigo a sujidade que possa estar junto ao tubo.

 

 

 

 

 

   O único aspirador realmente inovador durante décadas foi a Hoover Constellation de 1952, que expulsava o ar aspirado pela base, com suficiente potencia para manter-se como um aerodeslizante (hovercraft).

 

 

 

 

  Mais tarde inventaram-se outros métodos de filtrado, fazendo passar o ar aspirado por um depósito e aguas as partículas solidas ficavam suspensas na agua enquanto o ar borbulha pelo outro lado.

  Noutros aspiradores modernos de tipo ciclónico cria-se um pequeno torvelinho muito veloz no depósito … as partículas solidas, ao ser mais pesadas, vão até ao exterior onde se encontram com uma parede e caem pelo seu próprio peso numa segunda câmara.

  Os dois aspiradores com mais sucesso são Roomba da estaunidense Robot e Trilobite da sueca Electrolux.

  Ambos são pequenos robots que contêm um aspirador no seu interior e que utiliza algoritmos mais ou menos fáceis para recorrer o chão da divisão para limpa-la e, dispoẽm de uma base para recargar-se quando a bateria esta baixa.

  As diferenças entre Roomba e Trilobite são basicamente que, por um lado, Roomba não elabora uma mapa da divisão, simplesmente utiliza os algoritmos que garantem que aspirará todo o chão, dependendo do tamanho e da forma do Quarto, Roomba pode passar múltiplas vezes pelos mesmos pontos.

 

 

 

 

   Trilobite, por outro lado, começa por dar uma volta ao quarto e “planear” uma trajectória que garanta que o percorre todo mas que minimize as duplas passagens pelos mesmos sítios.

  Por outra parte, nas suas primeiras gerações Roomba detectava os obstáculo tocando-los, enquanto que Trilobite dispôs, desde o principio, de emissores e receptores de ultra sons, com o que chega muito perto dos obstáculos … mas nãos lhes toca.

  A ultima geração de Roomba tem sensores infravermelhos para o mesmo fim

  Tribolite tem também infravermelhos que apontam ao chão para evitar que caia por escadas e equivalentes.

 

 

 

 

 

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