domingo, 2 de junio de 2013

... O ASPIRADOR ...

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  Os aspiradores são uma invenção recente por duas razões: a primeira, os materiais e a tecnologia necessários para construir algo assim são relativamente avançados … a segunda, parte da motivação para desenvolver um aparelho que aspirasse o pó e a sujidade, e se deveu aos avances médicos do século XIX e ao nascimento da bacteriologia.

  Durante séculos, as pessoas empregaram vassouras e escovas para limpar a sujidade do chão e plumeiros para tirar o pó dos moveis, livros e demais objectos das casas.

 

 

 

 

  Os sistemas de limpeza que se empregavam levavam muito tempo, requeriam um esforço físico considerável e eram muito pouco eficazes … ainda que parte do pó fique no pulmeiro, em grande parte simplesmente se sacode o ar do quarto.

  As carpetes eram um problema maior … era quase impossível tirar a sujidade varrendo-las, de modo que levam-nas à rua ou ao campo e se sacudiam … isto ainda se continua a fazer assim nalguns sítios.

  Nas cidades isto significava que os viajantes eram “regados” com a porcaria dos seus vizinhos, algo parecido com o que passava até ao desenvolvimento dos esgotos, quando a gente esvaziava os seus urinais pela janela.

 

 

 

 

  Não foi até ao século XIX que começamos a estudar seriamente um aparelho que no movesse a sujidade de um sitio para o outro, mas sim que a aspirasse.

  Uma das razões foi a crescente preocupação pelos germes que produziam infecções e que muita gente suspeitava que se acumulavam no pó.

  O primeiro a patentear uma invenção a que poderíamos chamar de aspirador foi o estaunidense Daniel Hess, em 1860.

  O aparelho de Hess era chamado pelo seu inventor como “varredor de carpetes”.

 

 

 

 

  Este “varredor de carpetes” era um avanço sobre outros aos existentes na época … tratava-se de aparelhos com escovas rotatórias, que se faziam girar empurrando-lhes para o chão através de um jogo de engrenagens.

  O que fazia especial o desenho de Hess é que o seu varredor utilizava o movimento das rodas para fazer subir e baixar um fole. Este fole aspirava o ar e fazia-o passar por um dos depósitos de água onde ficavam retidos o pó e a sujidade.

  Não há noticias de que Hess chegasse a construir mais que o protótipo da sua máquina construída inteiramente de pele, madeira e algumas peças de metal, e, muito possivelmente o seu fole não produziria a sucção suficiente como para funcionar eficazmente.

  Havia que esperar oito anos para o primeiro aspirador construído, o Whirlwind (turvorinho), de Ives McGafeey.

  Constava de uma hélice parecida à de uma ventoinha, accionada por uma manivela no cabo … teoricamente, as partículas do chão eram chupadas através da boca do aparelho e acabavam num saco. Tratava-se de algo construído com os materiais da época.

  Venderam-se em Chicago ( donde era McGaffey) e Boston entre 1869 e 1871 pelo elevadíssimo preço, para esses tempos, de 25 dólares.

 

 

 

 

  Quase todos os torvelinhos de McGaffey perderam-se no grande incendio de Chicago em 1871.

  No entanto ainda se conservam dois … um deles no Hoover Historical Center, da empresa Hoover, e outro em mãos de um coleccionador privado.

  O problema com um aspirador operado manualmente é que é muito difícil conseguir a potencia suficiente para aspirar de verdade.

  Basicamente havia duas opções: um motor de combustão interna ou um motor eléctrico … nenhum dos dois era, precisamente pequeno nos finais do século XIX.

 

 

 

 

  Nas sua viagens de comboio, Hubert Cecil Booth, observara um dispositivo para limpar os assentos que soprava uma rajada de ar para remover o pó e as migalhas.

  Booth pensou que seria muito mais fácil aspirar o ar do que sopra-lo, pegou num lenço lo colocou sobre a boca aspirando sobre uma cadeira. Efectivamente a sujidade ficava no lenço.

 

 

 

 

  Chegamos assim ao primeiro aspirador realmente útil da historia, o Puffing Billy de Booth.

  Este era um autentico mastodonte, o seu motor a gasolina de 5 cavalos de potencia ia montado numa carreta puxada por um cavalo.

  Do aspirador saia um tubo de uns 30 metros de comprido que se levava ao interior das casas para limpa-las.

  Booth teve alguns problemas porque a sua máquina porque a sua máquina era tão ruidosa que assustava os cavalos que passavam pela rua.

  Desde logo, nada comprava a máquina de Booth, contratavam-se os seus serviços.

  Os operários do Puffinf Billy levavam a carreta até à porta da casa e logo passavam o aspirador utilizando o comprido tubo.

  Incluso a Reina Vitoria fazia uso dos seus serviços para limpar os seus tapetes e carpetes, dando ainda mais prestigio ao invento de Booth.

 

 

 

 

  O verdadeiro salto para a fama se deu por terminar, aparentemente, com uma epidemia nos quartéis da Marinha Bristânica.

   Quando a máquina de Booth aspirou carros e carros de porcaria a epidemia acabou.

   Resolver essa crise fez de Booth um herói e de Puffing Billy um símbolo de estratos e um exemplo da higiene moderna.

  A empresa de Booth continua funcionando hoje em dia como parte de outra mais grande.

  Outros, como o estadounidense David Kenney, copiaram o sistema de Booth mas instalando-o directamente no sótão das casas … um conjunto de tubos ia desde a bomba aspiradora a cada divisão da casa onde se encontrava uma saída na parede.

  Em alguns países continua-se a utilizar este sistema de maneira habitual em muitas casas, como em Estados Unidos.

 

 

 

 

  O primeiro aspirador eléctrico a ser comercializado na Europa foi a Nilfisk, em 1910, dos dinamarqueses Filker e Nielsen.

  A Nilfisk pesava somente uns 18 quilos.

  A empresa de Filker e Nielsen ainda hoje se chama Nilfisk-Advance.

 

 

 

 

  A maior empresa de aspiradores que existiu, e em grande parte responsável de popularizar esse electrodoméstico, até limites insuspeitado depois da Segunda Guerra Mundial, deveu-se à convergência de dois grandes talentos … o talento técnico de James M. Spangler e o talento comercial de William H. Hoover.

  Spangler era alcaide em Ohio. Era alérgico ao pó, o que convertia o seu trabalho em algo, frequentemente, desagradável.

  Construiu um prototipo em 1907, com madeira procedente da caixas de mudanças, o motor de uma ventoinha, o cabo de uma vassoura e uma coberta de almofada.

  O pó ficava preso na coberta da almofada quando a ventoinha fazia passar o ar através dela. Spangler patenteou o seu aspirador em 1908.

  Teve tanto êxito como o seu prototipo que começou a construir aspiradores de mo e a vende-los ao domicilio batendo às portas das casas.

 

 

 

 

  William H.Hoover era um empresário em declive. A sua empresa, a Hoover Harness and Leather Goods (Objectos de Couro e arneses Hoover) conseguia a maior parte da sua viabilidade fabricando e vendendo cadeiras de montar, botas de montar e outros artigos relacionados com cavalos.

  Hoover compreendeu rapidamente que devia procurar outros artigos para vender.

  A senhora Hoover foi uma das afortunadas que recebeu e utilizou o primitivo aspirador eléctrico de Spangler.

  Isso era precisamente o que o seu marido procurava.

  Hoover comprou a Spangler a patente do seu aspirador, fé-lo seu sócio na empresa e, juntos dedicaram-se a fabricar o modelo O, (nome que lhe deram) em série.

  Vendia-se por uns 60 dólares.

  A empresa Hoover e Spangler chamou-se The Electric Suction Sweeper Company … mais tarde passou a chamar-se simplesmente … Hoover.

  Ao longo dos anos os materiais empregados variaram, passando da madeira e do metal ao plástico e os preços foram baixando até que, a meio dos anos 50, nos Estados Unidos e na Grã Bretanha, quase todas as casas tinham um aspirador, e em sua maioria eram Hoover.

 

 

 

 

  Basicamente a ideia era utilizar um ventilador de certa potencia para expulsar o ar do interior da câmara do aspirador, criando assim um vazio parcial.

  O ar que sai expulsado pelo ventilador costuma estar a uma temperatura razoavelmente elevada, porque o calor dissipado no motor eléctrico é bastante grande.

  Normalmente este ar sai por uma grelha na parte de trás do aspirador.

  O ar do exterior, a pressão atmosférica, entra pelo tubo do aspirador apara substituir o que saiu levando consigo a sujidade que possa estar junto ao tubo.

 

 

 

 

 

   O único aspirador realmente inovador durante décadas foi a Hoover Constellation de 1952, que expulsava o ar aspirado pela base, com suficiente potencia para manter-se como um aerodeslizante (hovercraft).

 

 

 

 

  Mais tarde inventaram-se outros métodos de filtrado, fazendo passar o ar aspirado por um depósito e aguas as partículas solidas ficavam suspensas na agua enquanto o ar borbulha pelo outro lado.

  Noutros aspiradores modernos de tipo ciclónico cria-se um pequeno torvelinho muito veloz no depósito … as partículas solidas, ao ser mais pesadas, vão até ao exterior onde se encontram com uma parede e caem pelo seu próprio peso numa segunda câmara.

  Os dois aspiradores com mais sucesso são Roomba da estaunidense Robot e Trilobite da sueca Electrolux.

  Ambos são pequenos robots que contêm um aspirador no seu interior e que utiliza algoritmos mais ou menos fáceis para recorrer o chão da divisão para limpa-la e, dispoẽm de uma base para recargar-se quando a bateria esta baixa.

  As diferenças entre Roomba e Trilobite são basicamente que, por um lado, Roomba não elabora uma mapa da divisão, simplesmente utiliza os algoritmos que garantem que aspirará todo o chão, dependendo do tamanho e da forma do Quarto, Roomba pode passar múltiplas vezes pelos mesmos pontos.

 

 

 

 

   Trilobite, por outro lado, começa por dar uma volta ao quarto e “planear” uma trajectória que garanta que o percorre todo mas que minimize as duplas passagens pelos mesmos sítios.

  Por outra parte, nas suas primeiras gerações Roomba detectava os obstáculo tocando-los, enquanto que Trilobite dispôs, desde o principio, de emissores e receptores de ultra sons, com o que chega muito perto dos obstáculos … mas nãos lhes toca.

  A ultima geração de Roomba tem sensores infravermelhos para o mesmo fim

  Tribolite tem também infravermelhos que apontam ao chão para evitar que caia por escadas e equivalentes.

 

 

 

 

 

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viernes, 29 de marzo de 2013

... INODORO ,,,




este blog es bilingue












      Já sabeis que, neste blog, pretendo trazer luz sobre a proveniencia de coisas do nosso quotodiano … e o tema de hoje … seguramente vos interessa …

       Hoje vou falar … da casa de banho …

 

 

 

       A historia da “casa de banho” tem o seu começo na Escócia, há uns dez mil anos.

      No entanto, o homem primitivo, consciente da toxicidade dos seus excrementos, já se instalava perto de alguma fonte natural de àgua corrente.

     Foram os habitantes das ilhas Oreadas, frente à costa de Escócia, quem construiram os primeiros sistemas tipo latrinas, para afastar os excrementos das suas casas.

 

 

 

 

       Uma serie de construcções toscas iam desde as casas de pedra até às correntes, o que permitia satisfazer as necesidades no interior sem ter que sair fora.

       No Oriente, a higiene era um imperativo religioso para os antigos hindus, e numa época tão longinqua como 3000 AC, muitas casas possuiam já instalações sanitarias privadas.

     No vale do Indo, em Paquistão, os arqueologos descubriram banhos publicos e privados com canos de barro cozido incrustados dentro de tijolos, com torneiras para controlar a àgua.

 

 

 

 

 

      Os banhos primitivos mais aperfeiçoados da antiguidade foram os das familias reais minoicas no palacio de Cnossos em Creta.

      No ano de 2000 AC, a nobreza minoica dispunha de banheiras que se enchiam e vaziavam usando tubos verticais de pedra com ligações de cimento.

      Com o tempo, foram substituidas por canos de ceramica esmaltada que se uniam entre si de um modo muito parecido com o actual.

      Por esta canalização circulava agua fria e quente e as suas ligações arrastavam os excrementos longe do palacio real, o qual dispunha de uma retrete com um deposito em cima, o que permite classificar-lo como a primeira sanita com autoclismo da historia.

    O depósito estava destinado a receber a agua da chuva, ou, na ausecia desta, a ser cheio manualmente com baldes de àgua. Tirada de uma cisterna.

 

 

 

  

        A tecnologia da casa de banho evoluiu entre os antigos egipcios.

     Até ao ano 1500 AC, as casas dos aristocratas egupcios tinham canalizações e cobre por onde corria agua fria e quente, e o banho corporal completo formava parte das cerimonias religiosas.

       Curiosamente, aos sacerdotes exigia-se tomar quatro banhos frios completos por dia.

      Os judeus deram ainda mais importancia aos aspectos rituais do banho, pois, segundo as suas leis, a limpeza corporal equivalia à pureza moral.

   Seguindo as normas dictadas por David e Salomão, aproximadamente desde o ano 1000 AC até ao 930 AC, construiram-se, em toda a Palestina, complexas obras publicas para a destribuição de àgua.

 

 

 

 

 

       O período compreendido entre os séculos V e XV DC foi negro para a higiene.

       As ruas estavam cheias de excrementos por todas as partes.

      Como o cavernario, o homem aliviava o seu corpo nas esquinas, rios e arvores.

      No melhor dos casos tinha uma vazilha achatada o uma taça de noite, cujo conteúdo ia parar à rua … ou à cabeça de algum caminhante distraido que não fugira a tempo ao grito de: “Agua vai!”

     Nos castelos e fortalezas gozava-se do previlegio de assentos especialmente construidos … sobre buracos que davam ao rio … ou ao jardim.

 

 

 

 

       A invenção da retrete, water-closet ou water-clo data de 1589 é obra do inglés John Harrington.

     O desenho incluia uma cisterna que tambem podia servir de aquario, segundo a descrição, uma reserva de àgua numa taça e uma manivela para activar o mecanismo.

        Como a Rainha Isabel I em pessoa era madinha de Sir Harrington, uma retrete foi instalada no seu palacio de Richmond.

     Harrington fez un “trono” próprio em sua casa, na localidade de Somerset.

    Por um lado, o afilhado de Isabel I não fabricou mais inodoros porque a rainha lhe negou a patente, por uma questão de “decoro”, embora os entendidos sinalem que o veradeiro problema era a falta de um sistema de drenagem.

   Por outro lado, algumas fontes dizem que Harrigton foi ridicularizado pela sua extravagante invenção, e acabou por abandonar-la.

     Quando em 1596, Harrington publicou uma sátira em que descrevia, com detalhe, o seu invento, a rainha expulsou-o da Corte.

 

 

 

 

     Parece que os franceses foram mais entusiastas com o water-closet que os ingleses.

    Em 1668 a alta autoridade da polica de Paris publicou um edital ordenando a construção ou inst6alação de inodoros em todas as casas.

      Em Inglaterra não se tomaria uma medida igual até 1848.

    Tambem foi em Paris donde pela primeira vez se separaram as casas de banho das senhoras das de los cavalheiros, num baile de 1739.

      No seculo XVIII foi, por fim, o da generalização do artefacto.

 

 

 

     Para alguns, Alexander Cummings deve receber o credito pela invenção .

       “Atribuir-lo a Harrington é como reconhecer a Leonardo da Vinci a paternidade do helicoptero” diz um artigo de uma pagina chamada “Victorian crapper”, especializada em inodoros.

      Alexander Cummings registou a primeira patente de um inodoro a cujo desenho fez importantes alterações, em Inglaterra, em 1775.

    A comercialização começou em 1778, graças a certas melhorias introduzidas pelo carpinteiro Joseph Bramah.

      A primeira geração de sanitas estava carregada de decorações.

    Em 1883 Thomas Turifed vendeu a retrete de porcelana que se converteu no material mais popular.

     Os adornos eram parecidos com os dos pratos de comer, o que faziam da retrete uma peça de autentico luxo.

       Este hábito abandonou-se ao entrar no seculo XX.

 

 

 

 

 

      Por outro lado não se esgotaram os esforços de fazer da sanita uma peça de alta tecnologia, com inovações que vão desde os assentos preaquecidos até aos “assistidos”, que ajudam a separar as partes trazeiras do usuario (como consta nos registos de patentes de França e Alemanha).

      É frequente associar-se a invenção da sanita com o ingles Thomas Crapper.

      Crapper dedicou-se, e facto, ao negoceo, entre 1861 e a sua retirada em 1904.

      O comerciante registou tambem nove patentes relacionadas com o artefacto.

      Mas não foi ele quem a inventou.

 

 

 


 

    Tecnicamente são considerados diferentes tipos de inodoro:

   Sanita pedestal – a maioria das sanitas são deste tipo. Consta de um assento fixo ao chão com parafusos ou outra peça removivel.

 

 

 

 

    Sanita colgada – a taça esta fixa a parede por meio de uma armadura angular metalica cravada. Tem a vantagem de deixar o chão completamente livre, o que facilita a limpieza.

 

 

 

 

     Inodoro turco, o placa turca – trata-se de um inodoro sem taça, um buraco no chão com dos sitios adjacentes para apoiar os pés. Por veces le chaman latrina, por não ter assento, mas, a diferença de esta esta no seu fecho hidraulico.

     Ainda que não tenha boa fama, é o inodoro mas adecuado porque facilita a postura mais natural para defecar.

 

 

 

 

     Apesar de que se tem a crença de que, pelo efeito Coriolis no hemisferio norte a agua das sanitas gira no sentido dos ponteiros do relogio e no hemisferio sul ao contrario, esta demonstrado que o dito efeito não tem reprecussão no movimento da agua por ser demasiado fraco.

       Este giro depende exclusivamente da direcção em que se introduz a agua, ou seja, do desenho da sanita.

      No mesmo hemisferio aparecem movimentos num ou outro sentido, destruindo a crença popular. 

 

 

 

 

 

 



    Ya sabeis que, en este blog, pretendo hacer luz sobre la proveniencia de cosas de nuestro cuotidiano … y el tema de hoy … seguramente os interesa …

     Hoy voy hablar … del inodoro …

 

 

 

      La historia del “cuarto de baño” tiene su comienzo en Escocia hace diez mil años.

    Aunque el hombre primitivo, consciente de la toxicidad de sus desechos, se instalaba cerca de alguna fuente natural de agua corriente, fueron los habitantes de las islas Oreadas, frente a la costa de Escocia, quienes construyeron los primeros sistemas tipo letrina para alejar de sus hogares los desechos. 

 

 

 

 

 

      Una serie de toscas conducciones iban desde las viviendas de piedra hasta los torrentes, lo que permitía satisfacer las necesidades en el interior en vez de tener que salir al exterior.

       En Oriente, la higiene era un imperativo religioso para los antiguos hindúes, y en una época tan lejana como 3000 a.C. muchas casas poseían ya instalaciones sanitarias privadas.

      En el valle del Indo, en Pakistán, los arqueólogos han descubierto baños públicos y privados provistos de cañerías de barro cocido incrustadas en obra de ladrillo, con grifos para controlar el agua.

 

 

 

 

      Los baños primitivos más perfeccionados de la antigüedad fueron los de las familias reales minoicas en el palacio de Cnossos, en Creta.

      En el año 2000 a.C., la nobleza minoica disponía de bañeras que se llenaban y vaciaban mediante tuberías verticales de piedra con junturas cementadas.

    Con el tiempo, fueron sustituidas por tuberías de cerámica esmaltada que se unían entre sí de modo muy parecido a las actuales.

        Por estas tuberías circulaba agua caliente y fría, y sus conexiones arrastraban los desechos lejos del palacio real, el cual disponía también de un retrete con un depósito encima, lo que permite clasificarlo como el primer water con cisterna en la historia.

     El depósito estaba destinado a recoger agua de lluvia o, en ausencia de ésta, a ser llenado manualmente con cubos de agua sacada de una cisterna cercana.

 

 

 

 

     La tecnología del cuarto de baño evolucionó entre los antiguos egipcios.
    Hacia el año 1500 a.C., las casas de los aristócratas egipcios contaban con tuberías de cobre por las que fluía agua fría y caliente, y el baño corporal completo formaba parte de las ceremonias religiosas.
     Curiosamente, a los sacerdotes se les exigía tomar cuatro baños fríos completos al día.
      Los judíos otorgaron aún mayor importancia a los aspectos rituales del baño, pues según la ley mosaica la limpieza corporal equivalía a la pureza moral.
   Siguiendo las normas dictadas por David y Salomón, aproximadamente desde el año 1000 hasta el 930 a.C., se construyeron en toda Palestina complejas obras públicas para el suministro de agua.







 

      El período comprendido entre los siglos V y XV DC fue oscuro para la higiene.

     Las calles estaban llenas de excrementos por todas partes. Como el cavernario, el hombre daba alivio al cuerpo en esquinas, ríos y árboles.

      En el mejor de los casos tenía una bacinilla, chata o taza de noche, cuyo contenido iba a parar a la calle … o a la cabeza del transeúnte desprevenido, que no se hubiera apartado a tiempo, al grito de "¡Agua va!".

     En castillos y fortalezas se gozaba del privilegio de asientos especialmente construidos … sobre agujeros que desembocaban en el río o el jardín.

 

 

 

 

      La invención del retrete, water-closet o water-clo data de 1589 y es obra de el inglés John Harrington. El diseño incluía una cisterna que también podía servir de pecera -según la descripción-, una reserva de agua en la taza y una manija para activar el mecanismo.

      Como que la reina Isabel I de Inglaterra en persona era madrina de Sir Harrington, un retrete fue instalado en su palacio de Richmond. Harrington se haría con un "trono" propio en su casa la localidad de Somerset.

      Por una parte, el ahijado de Isabel I no fabricó más inodoros porque la reina le negó la patente, por una cuestión de "decoro", aunque entendidos señalan que el verdadero problema era la falta de un sistema de drenaje.

    Por otro lado, algunas fuentes señalan que Harrington fue ridiculizado por su estrafalaria invención y, al cabo, la abandonó. 

    Cuando en 1596 Harrington publicó una sátira en la que describía con detalle su inodoro, la reina lo expulsó de la Corte. 


 

 

 

     Al parecer, los franceses fueron más entusiastas acerca del water-closet que los ingleses.

    En 1668 el comisionado de policía de París emitió un edicto ordenando la construcción o instalación de inodoros en todas las casas.

      En Inglaterra no se tomaría una medida similar hasta 1848.

     También fue en París donde por primera vez se separaron los baños de damas de los de caballeros, en un baile de 1739.

   El siglo XVIII fue, por fin, el de la masificación del inodoro. Para algunos Alexander Cummings debe recibir crédito por la invención del artefacto. 

 

 

 

 

 

      Atribuirlo a Harrington "es como reconocerle a Leonardo da Vinci la paternidad del helicóptero", dice un artículo de una página titulada "Victorian crapper", especializada en inodoros.

      Alexander Cummings registró la primera patente de un inodoro, a cuyo diseño hizo importantes aportes, en Inglaterra, en 1775.

     La comercialización comenzó en 1778, gracias a ciertas mejoras introducidas por el carpintero Joseph Bramah.

     La primera generación de inodoros estaba cargada de decoraciones.

     En 1883 Tomas Turifed vendió el retrete de porcelana, que se convirtió en el material más popular.

     Los adornos eran parecidos a los de las vajillas, lo que hacían del retrete una pieza de auténtico lujo.

      Esta costumbre se abandonó entrado el siglo XX.

 

 

 

 

 

       En contraste no se han agotado los esfuerzos por hacer del inodoro una pieza de alta tecnología, con innovaciones que van desde los asientos precalentados hasta los "asistidos", que ayudan a separar las partes traseras del usuario (como consta en registros de patentes de Francia y Alemania).

      Con frecuencia se asocia la invención del inodoro con el inglés Thomas Crapper.

      Crapper se dedicó, en efecto, al negocio, entre 1861 y su retiro en 1904.

     El comerciante registró también nueve patentes relacionadas con el artefacto.

      Pero no fue quien lo inventó. 


 

 

 

 

      Tecnicamente son considerados diferentes tipos de inodoro:

    Inodoro pedestal: la mayoría de los inodoros son de este tipo. Consta de un asiento fijado al piso mediante bulones u otra pieza removible.

 

 


       Inodoro colgado: la taza está fija a la pared mediante una armadura angular metálica empotrada en la pared y el suelo. Tiene la gran ventaja de dejar el suelo completamente libre, lo que facilita la limpieza.

 

 

      Inodoro a la turca, inodoro turco o placa turca: se trata de un inodoro sin taza: un agujero en el piso, con dos sitios adyacentes para apoyar los pies. 
       A veces se lo llama letrina por carecer de asiento, pero, a diferencia de ésta, sí posee cierre hidráulico. 
        Aunque no tiene buena fama, sería el inodoro más adecuado puesto que facilita tomar la postura más natural para defecar. 


 

 

 

     A pesar de que se tiene la creencia de que por el efecto Coriolis en el hemisferio Norte el agua de los inodoros gire en el sentido de las agujas del reloj y en el hemisferio Sur al contrario, está demostrado que dicho efecto no tiene repercusión en el giro del agua, por ser demasiado débil.
     Este giro depende exclusivamente de la dirección en la que se introduce el agua, es decir, del diseño del inodoro.
     En un mismo hemisferio aparecen giros en uno y otro sentido, refutando la creencia popular.






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